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Arte Cemiterial

Publicado: 05/06/2010 em Gótico/Sentimento

Num aspecto geral, simbolizam os mensageiros ou emissários de Deus. Existem várias representações de Anjos na arte tumular que assumem significados paralelos.

Arcanjo Miguel: O Arcanjo Miguel é distinguido através de sua lança em combate ao demônio, que é representado por um dragão ou uma serpente. Esta figura refere-se a fé do falecido.

Anjo Triste: Um anjo com feições pesarosas e aflitas refere-se a lamentação pela morte.

Anjo Mensageiro: A figura de um Anjo carregando uma pessoa, significa que o Mensageiro de Deus conduz o falecido aos céus.

Anjo Voando: Um anjo voando solitariamente representa a Ressurreição.

Querubim: Os Querubins são usados para identificar túmulos de crianças.

Esculturas representando crianças não significam exatamente que o falecido era uma criança. Geralmente, estas figuras são associadas à inocência, precocidade e imaturidade.

Criança: Refere-se à morte intempestiva de um adulto; ou o luto para os familiares.

Criança e Crânio: Uma criança com um crânio significa sua própria morte.

Criança dormindo: Uma criança dormindo é o elo entre a vida e a morte.

 

A Cruz é um símbolo originalmente pagão, e posteriormente adotado pelo cristianismo. Seu significado oscila de acordo com a cultura em que está presente; podendo representar amor e fé, ou morte e terror (como a cruz flamejante da Ku-Klux-Klan).

Cruz Cristã – Latina – Calvário: É a maior representação da paixão e fé cristã. De acordo com a tradição, representa o local em que Cristo foi crucificado e é símbolo de sorte e de esperança. Muito usada em todos os tipos de túmulos, é atributo de inúmeros santos como Santa Helena e São Jorge.

Cruz pontiaguda: A cruz de três pontas nas extremidades das hastes é uma alusão à Trindade do cristianismo.

Cruz Celta – Iônica: Nas culturas pagãs, a cruz significava, entre outros, os quatro pontos cardeais, ou quatro elementos da natureza, ou ainda as quatro estações. Associada ao círculo, esta variação da cruz representa a divindade e imortalidade da natureza na cultura celta. Com a influência cristã, a cruz celta teve suas hastes estendidas além do círculo.

Cruz Grega: É uma variação da Cruz Celta sem o círculo e com hastes de mesmo comprimento. Atualmente, está associada ao cristianismo. No paganismo, esta variação da cruz representa os quatro elementos.

Cruz e Coroa: Significa a Soberania Divina.

Cruz e Âncora: Esta combinação refere-se a fé em Cristo. Neste caso, Cristo é a âncora (segurança) da alma.

Cruz e Espada: Refere-se à morte em batalha.

Cruz e Mulher: A figura de uma mulher apoiada numa cruz (pode ser também âncora ou coluna) representa a fé. É uma alusão de que o falecido teve uma vida pautada na fé e religiosidade. É comum encontrá-la em túmulos pertencentes aos Maçons.

 

Além de ser um elemento de composição e adorno da arte tumularia, as flores compõem diversas representações. Num aspecto geral, referem-se à fragilidade e singeleza. Mas a combinação é tão ampla que as espécies, e mesmo a quantidade de pétalas possuem significados específicos. Flores com cinco ou doze pétalas representam as chagas de Cristo, ou fazem alusão aos apóstolos. A utilização das flores se popularizou a partir de 1800.

Flores e Folhas mortas: Significam tristeza, melancolia.

Flor Quebrada: Significa a fragilidade da vida.

Acácia: Simboliza a imortalidade da alma.

Flor-de-lis: Significa chama, paixão e ardor.

Lírios: Principalmente encontrados em túmulos de mulheres, os lírios significam a inocência da alma restabelecida após a morte. Também está fortemente associado à Virgem Maria.

Copo-de-leite: Significa a união, o matrimônio.

Margarida: Simboliza a pureza, ou inocência infantil. Também é uma alusão a infância de Cristo.

Amor-perfeito: Simboliza a memória e humildade do falecido.

Papoula: É uma alusão a morte, ou sono eterno da paz.

Rosa: A rosa vermelha representa o martírio de Cristo, e a rosa branca significa pureza e virgindade. Rosas entrelaçadas significam um forte elo afetivo entre o falecido e um familiar (mãe e filho, por exemplo). Um ramalhete de rosas indica beleza e virtudes que o falecido possuia.

Broto de Rosa: Um broto de rosa representa uma morte prematura, na infância ou puberdade.

Rosa Mística: É uma representação maternal. Geralmente associada à Virgem Maria.

Girassol: Simboliza a fé em Cristo

Grinalda – Guirlanda: O uso de grinaldas e guirlandas tem origem na civilização grega. Geralmente representa a vitória, ou redenção no cristianismo. A grinalda de louro é encontrada em túmulos daqueles que atingiram destaque nas artes ou na carreira militar. A grinalda de hera simboliza alegria e jovialidade.

A Grinalda nupcial é encontrada no túmulo de um jovem noivo, ou noiva. A grinalda adornada com um livro e uma luva, era usada nos túmulos de jovens moças. A grinalda de rosa representa a beleza e virtudes do falecido.

 

Estas representações trazem a idéia de que a morte acompanha todos os seres.

Esqueleto: O esqueleto está associado à figura passiva da morte. Quando retratado em posse de armas como a lança, machado ou foice, significa a personificação da morte; uma ameaça presente. Os detalhes anatômicos são esculpidos de acordo com a habilidade e o conhecimento do artesão.

Crânio: No século XVII, o crânio foi esculpido de perfil associado a um fêmur, ou frontal sobreposto aos ossos cruzados. É muito comum encontrá-lo acompanhado da inscrição latina Memento Mori, ou Lembra-te que hás de morrer. Os artesãos do século XVIII criaram variações: faces em perfil parcial, com ou sem mandíbula, nariz triangular ou em forma de coração, órbitas rasas ou fundas etc. Em todas as representações, é mais uma variação da morte personificada.

Crânio Alado: O crânio alado faz referência à ação divina responsável pela morte. As asas também estão incorporadas aos anjos, arcanjos, serafins e querubins. A ampulheta faz alusão ao tempo de vida que se esvai.

 

Desde os tempos pré-cristãos, as plantas são combinadas com as flores para adornar os túmulos e compor significados distintos. Algumas estão presentes apenas na cultura de determinados povos. Assim, por exemplo, pode-se distinguir a origem do falecido.

Acanto: Representa o Jardim Divino, ou o Jardim do Céu.

Cardo: Está associado à tristeza. Também é uma variação da coroa de Cristo; ou representa a Escócia como país de origem (devido à Antiga Ordem do Cardo).

Açafrão: Simboliza a alegria juvenil.

Hera: Representa a memória do falecido, imortalidade ou afeto eterno.

Samambaia: Simboliza a sinceridade e a tristeza.

Trevo: Indica que o falecido era irlandês.

Musgo: É uma representação dos méritos conquistados.

Trigo: É um símbolo tipicamente cristão. Geralmente está combinado com pão e vinho, representando a ressurreição.

Espiga de Milho: Era um costume rural mandar espigas de milho aos familiares de um fazendeiro que falecia, em sinal de respeito e lamentação. Geralmente, é encontrado em túmulos de famílias rurais.

 

Os animais são figuras muito comuns na simbologia cemiterial. A conotação de cada espécie varia de acordo com a cultura e a época em que foram aplicadas.

Borboleta: Embora bastante rara, a borboleta é encontrada geralmente em túmulos infantis. Seu significado está atrelado a ressurreição de Cristo. Representa também três fases: lagarta, crisálida e borboleta; ou nascimento, morte e renascimento.

Cachorro – Cervo: Significam lealdade e fidelidade.

Dragão: É retratado sendo derrotado por São Jorge. Este associação significa o triunfo do bem sobre o mal.

Peixe: Indica a fé.

Rã: Descreve os pecados e prazeres mundanos. Também representa ressurreição.

Cavalo: Indica coragem ou generosidade. Um atributo da arte Cristã à São Jorge, São Martin e outras representações à cavalo.

Cordeiro: Este é um dos símbolos mais comuns em túmulos de crianças significando pureza e inocência. Também é uma representação do aspecto sacrificatório de Cristo. Porém, o cordeiro já era encontrado na cultura egípcia do período pré-cristão. Numa visão geral, significa bondade e humildade.

Esquilo: O esquilo com uma noz representa a devoção e meditação religiosa.

Leão: O leão simboliza poder e ressurreição. Sua figura sugere proteção ao túmulo em que estiver esculpido. Também recorda a coragem e determinação das almas que eles abrigam.

Serpente: Quando esculpida engolindo à si própria, representa a eternidade.

Golfinho: Significa a ressurreição.

 

As armas são usadas para compor a representatividade das figuras que simbolizam a morte.

Foice, lança e machado: Geralmente, estas armas estão associadas aos crânios e esqueletos, compondo a idéia da morte.

Arco e Flecha: A combinação de arco e flecha representa a relação entre vida e morte. Apenas o arco significa a vitória da vida sobre a morte. Enquanto a flecha significa a imprevisibilidade da morte.

Espada: A espada é uma representação de que o falecido era militar. Espadas cruzadas significam a morte em batalha.

 

Algumas culturas são identificadas através de uma simbologia específica ao longo dos tempos. Estes elementos são aplicados a arte tumular, onde geralmente, denotam a origem do falecido. Algumas vezes, o mesmo símbolo é usado em crenças distintas, como o pentagrama e a suástica.

Menorah: O Menorah é um castiçal de sete ramificações. Usado tipicamente no judaísmo, representa os sete dias em Deus criou a Terra.

Suástica: Sua origem é desconhecida, mas é considerada um dos símbolos mais antigos e difundidos na humanidade. Geralmente encontrada em templos budistas representando o coração de Buda e esta doutrina. Tornou-se mais conhecida após a Segunda Guerra Mundial, quando os nazistas a adotaram como seu principal símbolo.

Estrela de cinco pontas: Também é chamada de Pé de bruxa ou Símbolo de Salomão. Além de representar os cinco elementos alquímicos, para os Judeus, significa os cinco livros do Mosaico. A Estrela de cinco pontas também foi adotada por diversos grupos maçônicos.

Estrela de seis pontas: Também conhecida como Estrela de David, é um símbolo tipicamente Judeu. Composta por dois triângulos entrelaçados, representa a proteção divina. Na alquimia, os dois triângulos representam água e fogo.

Pentagrama: É um símbolo pré-cristão. Foi usado pelo filósofo grego Pitágoras, e desde a Idade Média é usado por ocultistas como um amuleto protetor. Também faz parte do cristianismo, sendo que suas cinco pontas representam as chagas de Cristo.

Lua: Cada fase da Lua representa o momento da morte do indivíduo. A lua nova significa a morte prematura, possivelmente de uma criança abaixo dos três anos. A Lua crescente é morte na puberdade ou adolescência. A lua cheia significa morte na juventude; e a lua minguante faz referência a morte ocorrida na terceira idade.

Sol: Ao longo da História, o Sol foi retratado de várias formas: sol nascente, poente, entre nuvens, atrás de montanhas, com asas etc. Também possui diversos significados: a alma que ascende ao céu; morte e ressurreição de Cristo etc.

 

As partes do corpo humano são muito comuns em representações tumulares. Em posições específicas e associadas à objetos ou formas geométricas, sugerem uma grande diversidade de informações sobre o falecido.

Mãos: Simbolizam o último adeus, ou a mão divina interferindo na existência humana.

Aperto de mãos: O aperto de mãos significa união; ou matrimônio entre o falecido e seu cônjuge. Neste caso, uma mão masculina está associada a uma mão feminina (o punho das mangas distinguem os sexos) guiando a outra para o céu.

Mãos apontando: A mão apontando para cima representa a recompensa; a confirmação de vida após a morte e ascensão para o céu. A mão apontando para baixo significa uma morte súbita. Possivelmente também é uma saudação maçônica secreta.

Mãos espalmadas: Significam uma saudação do povo Judeu. Portanto, o falecido era judeu.

Mãos unidas: Representa a devoção religiosa do falecido.

Coração: O coração significa amor divino e coragem.

Coração sangrando e com espinhos: Refere-se ao sofrimento de Cristo pelos pecados da humanidade.

Coração flamejante: Significa fervor religioso.

Coração perfurado: Um coração perfurado por objetos ou armas, representa a caridade, ou a profecia relacionada ao nascimento de Cristo.

Braço: Uma figura com os braços estendidos representa pedido de clemência.

Olho: Significa a Onipresença Divina, ou O Olho que tudo vê. Também é representado emanando raios de luz.

 

Alguns objetos de uso cotidiano em certas culturas, assumem um significado alegórico quando representados na arte tumular. Portanto, quanto maior for o simbolismo de um povo, maior será a variedade de significados. Desta forma, a posição e a combinação com outros elementos fazem referência a situações variadas de acordo com a época e local onde foram utilizados.

Ampulheta: Retratada na posição horizontal ou vertical, simboliza o transcurso e o escoamento do tempo de vida. A ampulheta flamejante significa a Eternidade. Também é encontrada associada à crânios e asas.

Coroa: É a marca da vitória ou da distinção. A coroa apresenta-se de várias formas e é atributo de inúmeros santos, como Santa Elizabeth da Hungria. Indica também uma condição de nobreza.

Âncora: A âncora era usada pelos primeiros cristãos como uma forma disfarçada de cruz, que demarcava o local das reuniões secretas. É encontrada principalmente na arte funerária das catacumbas romanas simbolizando esperança. Também é um atributo de São Nicola, padroeiro dos marinheiros, que representa a força da fé.

Navio – Caravela – Barco: Significa que o falecido foi marinheiro, ou possuía alguma relação com a marinha.

Corrente: A corrente significa a interrupção de uma cadeia familiar devido à morte de um membro importante.

Cadeira: Uma cadeira desocupada está associada a morte de uma criança. Simboliza o vazio deixado na vida dos familiares.

Bíblia: A Bíblia é encontrada aberta, representando uma pessoa religiosa.

Livro: O livro possui vários significados: pode representar o Livro da Vida; o aprendizado; o Conhecimento ou memória do falecido.

Chaves: Representam o conhecimento espiritual. Se estiverem empunhadas por Anjos ou Santos, referem-se às chaves que abrem as portas do Reino Divino.

Lâmpada: Significa sabedoria e imortalidade da alma.

Vela Acesa: Representa vida.

Tocha: É um dos emblemas da traição, e assim está ligada à crucificação (paixão de Cristo). Atributo de certos mártires como Santa Dorotéia e São Domingos. Uma tocha invertida significa a morte.

Cálice: Representa os Sacramentos Cristãos.

Vaso – Urna: Simboliza o corpo separado da alma (vazio); a eterna felicidade (com um pássaro pousado em sua borda, saciando a sede); a Anunciação (com lírio); a glória e a paz (com óleo santo). Também é encontrado coberto com um manto, referindo-se à tristeza que o cobriu.

Trompete: Geralmente é encontrado sendo tocado por Anjos, significando o Chamado do Juízo Final.

Harpa: Geralmente é encontrada em túmulos de músicos por ser o símbolo de Sta. Cecília, padroeira dos músicos. Também é uma representação do Velho Testamento.

Mantos – Cortinas: Um manto ou uma cortina sobre os objetos alude à tristeza que os cobriu. Geralmente estão associados à outros símbolos, como um livro ou uma coluna.

Folha de Papel – Pergaminho: A folha de papel significa a relação entre o tempo e a vida. As extremidades enroladas para cima, representam a vida que se desdobra num comprimento incerto, com o passado e o futuro não revelados. Também pode significar uma menção honrosa ao falecido.

Concha: O uso das conchas em monumentos funerários é comum desde os povos pré-cristãos. Geralmente, está associada à fertilidade, ressurreição e peregrinação. Também é um símbolo das Cruzadas.

 

As formas geométricas eram usadas principalmente nos hieróglifos dos sarcófagos egípcios. Posteriormente, foram adotas pelo cristianismo e o ocultismo através da Idade Média até os dias atuais. Geralmente, estão associados às divindades e à existência humana na Terra.

Círculo: O círculo foi adotado em várias religiões e tem seu significado adaptado a cada uma. É universalmente conhecido como símbolo de eternidade, de um ciclo interminável. Dois círculos sobrepostos representam a união entre o céu e a terra. Assim como três círculos interconectados representam a Trindade Cristã.

Esfera Alada: É um símbolo divino da cultura egípcia que foi adotado pelo cristianismo, representando o poder divino supremo.

Triângulo: Para os cristãos, o triângulo eqüilateral representa a Trindade. Na cultura egípcia, representa a Mente Divina Onipresente. O triângulo também está associado ao Olho que tudo vê.

Pirâmide: Simboliza a Eternidade. Acreditava-se que uma pirâmide no túmulo, impedia que o Diabo se aproximasse.

Quadrado: Representa a existência humana na Terra.

 

A representatividade das árvores e frutas é muito ampla na simbologia cemiterial. De acordo com a situação que é encontrada, trazem significados específicos da cultura e crença do falecido.

Árvore: A árvore significa o amor divino que abriga todos. Também pode representar a Árvore da Vida. Uma árvore com galhos cortados significa a morte precoce. Uma árvore brotando representa a vida eterna.

Carvalho: Possui várias representações, entre eles: hospitalidade, força, honra e eternidade. O carvalho era adorado pelos pagãos como sendo a Árvore da Vida; algumas vezes é encontrado com este significado.

Salgueiro: É a representação da tristeza e lamentação da natureza.

Parreira: Representa os Sacramentos e o sangue de Deus.

Palma: Para os antigos romanos é símbolo de vitória. Para os cristãos, significa a glorificação celestial, representando o triunfo dos mártires sobre a morte. Quando Cristo segura um ramo de palmeira significa sua vitória sobre o pecado e a morte.

Figo e Abacaxi: Representam prosperidade e vida eterna.

Uvas: As uvas representam Cristo. Associada às folhas, alude à fé cristã.

 

Os elementos arquitetônicos foram incorporados aos cemitérios contemporâneos no final do século XIX, num período denominado Art Noveau. A arquitetura greco-romana foi uma de suas principais referências. Neste momento, entram em cena os portais, obeliscos, colunas de sustentação e arcos que indicavam não apenas a suntuosidade, mas significados distintos em suas composições.

Coluna: Representa a totalidade da vida de uma pessoa. Uma coluna quebrada (com ou sem flores), significa que a vida foi interrompida prematuramente.

Arco – Portal: É a passagem entre a vida e a morte.

Obelisco: Os obeliscos eram muito comuns na antiga cultura egípcia. O seu uso se popularizou entre 1820 e 1840 devido ao custo menor que os mausoléus, e por caberem em espaços reduzidos. O obelisco enaltece o falecido e simboliza a grandeza faraônica.

 

Numa visão ampla da simbologia cemiterial, as asas estão associadas às intervenções divinas e à libertação dos vínculos terrestres. Portanto, os anjos, as aves e os animais alados da mitologia são considerados seres livres e mensageiros de Deus; além de possuírem um significado específico para cada espécie.

Pássaro: Representa a alma alada; uma alusão de que ao desligar-se do corpo, a alma do indivíduo recebe asas para que possa voar ao reino divino.

Pomba: A Pomba é um importante símbolo cristão que representa o Espírito Santo. Associada a um galho de oliveira, alude à esperança e vida eterna.

Águia: Simboliza a coragem e uma possível carreira militar. É também um símbolo de São João.

Coruja: Simboliza a sabedoria.

Galo: Significa a ressurreição.

Pavão – Fênix: Simboliza a incorruptibilidade da carne, ressurreição, beleza de alma e imortalidade.

 

[fonte: http://www.cemiteriosp.com.br/arte.htm]

GÓTICO

Publicado: 08/09/2009 em Gótico/Sentimento

GÓTICO

 
 
Nunca pensei que pudesse sentir uma afinição por imagens que apresentam algum assombro, mas que são maravilhosas na sua essência.
Como nos Momentos Mágicos, também aqui na Espada Mágica decidi dar um certo alento a este tipo de figura. É estranho que durante o nosso percurso nesta vida, nos surjam sentimentos e afinidades por situações (ou seja lá o que for) que sempre desejámos que nos passassem ao lado sem nos tocar, sem nos dar importância, pois era isso que no íntimo queriamos,… não sermos vistos e observados por coisas que não entendiamos…
 
O receio vem sempre do que não compreendemos…
Mas depois dessa fase chega-nos a beleza e a realidade das coisas…
E observamos aquilo que nunca quisemos encarar…
A verdade das coisas está na maneira como as compreendemos…
 
Um abraço!!!

:: Ankh ::

Publicado: 21/03/2009 em Gótico/Sentimento

A cruz com a alça, conhecida como ankh ou cruz ansata, é uma das figuras ou símbolos mais importantes encontrados nos templos do Egito Antigo. Ela aparece gravada nas colunas dos templos de Karnak, Edfu e em outros lugares. Pode-se vê-la também gravada ou pintada em murais no Templo de Luxor, no Templo de Hatshepsut, Medinet Habu e outros, bem como em obeliscos e nas paredes de túmulos. Cenas vívidas pintadas em paredes de templos ou túmulos muitas vezes representam um deus estendendo o ankh ao faraó. Um exemplo disso está no túmulo de Amenhotep II onde vemos o ankh sendo-lhe entregue por Osíris.
O significado original do símbolo foi perdido com o passar do tempo, mas ele manteve um emblema hieroglífico constante da vida. A Ankh era usada em rituais, especialmente nos que envolviam cultos reais, e ela tinha significado especial quando era usada em várias cerimônias nos templos. Ao que tudo indica, o ankh surgiu na Quinta Dinastia.
Em lugar da parte vertical superior, acima dos braços da cruz, em geral associada ao cristianismo, esse detalhe da cruz egípcia é ovalado, ou tem a forma de uma alça. Para os egípcios antigos isto significava vida e o símbolo, na verdade, é conhecido como a chave da vida.Os historiadores têm dedicado muito pouco espaço em seus trabalhos à importância do ankh.

Quando vemos o ankh numa coluna de templo ou num obelisco, e ele não está sendo entregue por um deus, a cruz ansata é quase sempre associada a outra figura ou símbolo egípcio muito conhecido, que se encontra ao lado do ankh. Esta tem o mesmo tamanho do ankh e embora a parte inferior tenha a mesma largura, ela termina numa ponta na parte superior.
Para nós, essa figura é um triângulo isósceles. Trata-se do hieróglifo ou sinal que, quando apresentado com o ankh, significa para sempre. Juntos os dois símbolos demonstram vida eterna.

Por suas semelhanças com a cruz cristã, o ankh chegou a ser assimilado pelos cristãos cópticos, de forma que também é conhecido como a cruz ansata, cóptica ou egípcia.
Posteriormente, contudo, veio a ser proscrito e identificado com paganismo, ocultismo e satanismo, sendo ainda contemporaneamente considerado um símbolo diabólico por muitos (em parte devido ao uso dele pelo movimento ocultista em fins do século XIX e pela Nova Era, a partir da década de 60). Hoje em dia muito usado por praticantes da Wicca, Ocultistas e Góticos.